Homenagem a Eugénio de Andrade
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São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas, são de luz
e são a noite.
E mesmo palidas
verdes paraisos lembram ainda.
Quem as escuta?quem
as recolhe, assim
crueis, desfeitas,
nas suas conchas puras.
Eugénio de Andrade
4 moonlovers:
Estou emocionada! Adoro Eugénio de Andrade... Este poema tem lugar destacado no meu livro de sonhos (poemas)!
Esta noite ouvi/senti aquela que julgo ser a melhor voz/música do momento! A Marisa dos Donna Maria! Ela consegue transportar palavras, dar-lhes sentimentos, torná-las puras e leves como se voassem! O seu som entrou em mim, correu nas minhas veias, fez-me voar!!! A sua voz é tecida de luz!!!!
Moon... tens de ouvi-la!!!
Obrigada pelo poema!
Tu tambem tens luz!!!
Querida Carla,
eu já tive o privilégio de ouvir tambem essa voz fantastica da Marissa,
foi num bar em Lisboa, chamado Templários.
Adoro a voz, a intrepertação, a presença em palco, a simpatia, etc.
Beijokinhas boas e obrigada.
...Eugénio será sempre Eugénio, o génio...
Vim apenas agracer as palavras simpáticas e gentis deixadas no meu blog. hei-de aqui vir mais vezes.
:-)
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